domingo, 25 de agosto de 2013


 A música de Cabo Verde

A música descreve a realidade dos pensamentos de um determinado povo ou de uma nação, através da música pode-se saber um pouco sobre a cultura os hábitos as crenças populares, morais e as tradições de um povo. 
Musicalmente cada povo exprime-se de acordo com o seu gênero  a sua idiossincrasia, os seus momentos e circunstâncias. 
O povo cabo-verdiano não havia de construir excepção com influência da cultura desde a sua origem. O cabo-verdiano tem reconhecido o valor das músicas, pois esta foi certamente fiel companheira desde os tempos antigos, tendo desta forma a sua própria dialéctica como nova entidade no palco da história. 
O viver do povo cabo-verdiano é mostrado nas mornas cantadas, resultante do quotidiano. A música sempre teve peso para o povo cabo-verdiano, abarcando a totalidade da circunstância da vida, da fome a fartura, da partida ao regresso, da alegria e da tristeza, da dor a euforia, da morte a vida e da realidade. 
Hoje a música cabo-verdiana tem um destaque muito importante quer a nível nacional, pois hoje não se canta somente os gêneros de músicas tradicionais, mas também trazem na bagagem vários estilos de músicas como o zuck, o regato  o rap e o hip-hop. 
Apesar de em cabo verde dotar novos estilos de músicas, existe jovens talentos como a Mayra Andrade que apesar de muito jovem já é conhecida em vários países ela já cantou e encantou em vários concursos internacionais, fazendo com que a música cabo-verdiana seja conhecida por toda parte do mundo. 
Para os cabo-verdianos é bom que a sua cultura mesmo que seja representada na música seja conhecida pelo mundo afora. 
Não só a Mayra como também, a Diva dos pés descalços que é uma das mais importantes artista cabo-verdiana a nível internacional, ela já levou a cultura dos cabo-verdianos para a África, Europa, Ásia e América. 
A música cabo-verdiana vive-se na melodia, os estrangeiros mesmo sem compreender a letra são amantes da melodia e dos batimentos. 
A Morna, coladeira, funaná, batuque e o finaçon são os gêneros musicais tradicionais mais difundidos do riquíssimo patrimônio musical de Cabo Verde.

Grandes compositores da morna                                                                            

• Eugênio Tavares (Brava); 
• António Silva Ramos ou "Antône Txitxe" (S. Vicente); 
• Luís Rendall (S. Vicente); 
• Fanisco Xavier da Cruz - "B. Léza" (S. Vicente); 
• Olavo Bilac Vasconcelos Gomes (S. Vicente); 
• Sérgio Frusoni (S. Viecente); 
• Joaquim do Carmo Silva (S. Vicente); 
• Pedro Alcântara Ramos - "Txuff" (S. Vicente); 
• Armando Faria (S. Viecnte); 
• Jorge Monteiro - "Jotamont" (Mar do Golfo, EUA); 
• Simão Gomes Ramos - "Mané Rajuezo/ Florinda" (Boa Vista); 
• Armando António Lima - "Lela di Maninha" (S. Vicente); 
• Epifânia Silva Ramos - "Tututa" (S. Vicente); 
• António Joaquim Lima - "Djidjungo" (Boa Vista); 
• Francisco Vicente Gomes - "Frank Kavakin" (Santo Antão); 
• Abílio Monteiro Duarte (Santiago); 
• Gregório Xavier Pinto - "Djirga" (Santiago); 
• Amândio Cabral (S. Nicolau); 
• Manuel de Jesus Lopes - "Manel D'Novas" (Santo Antão), entre vários outros da nova geração.






A Coladeira
Tão vivo e excitante o seu ritmo que a nossa participação é toda física - Manuel Ferreira, escritor português, em "Aventura Crioula" Não se sabe ao certo a partir de que momento, entre as décadas de 20 e 50 do século XX, a coladeira começa a existir. Não se sabe ao certo a partir de que momento, entre as décadas de 20 e 50 do século XX, a coladeira começa a existir. Contudo, há consenso entre músicos e investigadores quanto à maneira como ela surge: nos antigos bailes ao som de grupos de «pau e corda» (guitarras, cavaquinho, violino), a dado momento da noite a sonoridade melancólica da morna acaba por parecer monótona.
É então que alguém pede aos músicos que toquem no «contratempo».E logo a mudança de compasso, do quaternário para o binário, leva os pares a dançar com mais rapidez e vivacidade, reavivando a chama da festa e envolvendo a sala numa onda de animação pela noite fora. Por volta dos anos 40, usava-se a designação «morna-coladeira».
É a partir dos anos 50 que este novo género musical irá firmar-se, inicialmente na ilha de São Vicente, onde surgiram os seus principais compositores. Logo expande-se para todo o arquipélago e, na década de 60, assiste-se a um «verdadeiro surto» de coladeira.
Vibrante e sacudida, a coladeira terá não só no ritmo mas também nas letras características opostas às da morna, deixando de lado o romantismo e a melancolia para fixar-se na sátira social, com um certo atrevimento que muitas vezes chega ao «escárnio» característica presente, aliás, em outras formas musicais cabo-verdianas, como o finaçon (na ilha de Santiago) e o curcutiçã (ilha do Fogo).
Os ritmos latino-americanos em voga nos anos 50 e 60, como a cumbia e o merengue, terão influenciado a coladeira, assim como o samba já que a música brasileira, nas suas diferentes modalidades, foi sempre uma presença constante em Cabo Verde.

Grandes Compositores da Coladeira

• António Silva Ramos ou "Antône Txitxe" (S. Vicente);
• Armando António Lima - "Lela di Maninha" (S. Vicente);
• Gregório Gonçalves - "Ti Goy" (S. Vicente);
• Francisco Vicente Gomes - "Frank Kavakin" (Santo Antão);
• Luís Ramos de Morais - "Luís de Musa" (S. Vicente);
• Amândio Cabral (S. Nicolau);
• Manuel de Jesus Lopes - "Manel D'Novas" (Santo Antão);
• Abílio Sereno Barbosa Évora - "Biloca" (Santiago);
• Agualberto Burgo Correia Tavares - "Tú Bêxu" (Santiago);
• Euclides Burgo Correia Tavares - "Djodja" (Santiago);
• Cesário Duarte (S. Nicolau);
• Gregório Xavier Pinto - "Djirga" (Santiago);
• Fulgêncio Circuncisão Lopes Tavares - "Anu Nobu" (Santiago);
• Francisco Nunes de Pina - "Frank Mimita" (Santiago);
• Manuel Silva - "Manel Klarineti" (Santiago);
• Pedro Delgado (Santiago), entre outros.

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